O estúdio responsável pelo clássico anime Neon Genesis Evangelion decretou falência. A Gainax anunciou nesta sexta-feira (7) que o pedido foi aceito pela Corte do Distrito de Tóquio e põe fim a uma das produtoras mais famosas das últimas décadas no Japão.
De acordo com a empresa, o pedido de falência foi submetido à Justiça japonesa no dia 29 de maio e aceito poucos dias depois. Com isso, o estúdio deixa de existir, ainda que a marca siga sendo de propriedade da Studio Khara, também criada por Hideaki Anno e responsável pelos últimos filmes da saga Evangelion. Os direitos da saga também pertencem a ela.

A falência da Gainax vem depois de quase uma década de problemas financeiros causados por má gestão. Em seu site oficial, a própria empresa expõe o histórico de fracassos, destacando até mesmo o fato de que executivos tocavam a companhia de forma bastante displicente, fazendo empréstimos pessoais e piorando a situação da marca.
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“Por causa da grande quantidade de dívidas criadas pelos executivos, ficamos em uma situação difícil, chegando a sermos expulsos do comitê pelo não pagamento de royalties e processados por empréstimos”, explica a Gainax em nota oficial no seu site. A empresa ainda pontua que, por causa de tudo isso, muitos profissionais abandonaram a companhia, o que interrompeu sua capacidade de continuar trabalhando com animação e forçando o encerramento das operações.
Histórico de fraudes
Esses problemas financeiros e judiciais a que a nota se refere é algo que a Gainax sempre teve em seu histórico. Ainda na década de 1990, após o sucesso de Evangelion no Japão e no mundo, o estúdio tentou minimizar o tamanho do fenômeno para pagar menos impostos e acabou sendo condenado por fraude fiscal em 1,5 bilhões de ienes.

Um dos vários processos que ela encarou ao longo dos anos foi movido por um de seus fundadores, o próprio Hideaki Anno. Em 2016, o criador de Evangelion entrou com uma ação contra a companhia por valores não pagos ainda relacionados ao anime, o que obrigou a Gainax a pagar o equivalente a US$ 643 mil ao antigo companheiro.
A situação do estúdio se tornou ainda mais crítica após a prisão do diretor Tomohiro Maki. Ele foi condenado a dois anos e meio de prisão após assediar sexualmente uma dubladora.
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